O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) lançou na última semana o plano de preparação para enfrentamento ao período chuvoso 2022/2023. Ele contém ações que visam reduzir o impacto e prejuízos causados pelas enchentes, inundações, alagamentos, enxurradas, movimentos de massa em encostas e tempestades que assolam os grandes centros urbanos e as populações ribeirinhas, informou a corporação.
De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o período de maior precipitação no território mineiro ocorre entre outubro e março, sendo novembro a janeiro os meses de maior concentração das chuvas intensas e prolongadas, contexto em que ocorrem os principais fenômenos de desastres naturais, gerando perdas humanas e materiais.
A média histórica do CBMMG aponta que os últimos três períodos chuvosos atingiram valores muito superiores aos anteriores, o que levou a instituição a uma reflexão e análise mais atenta para as mudanças climáticas ocorridas no período.
continua após a publicidade
As chuvas acumuladas em Minas Gerais em janeiro de 2020 bateram recordes históricos na maior parte do estado, incluindo a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Segundo o Inmet, foi o mês mais chuvoso na capital desde 1910, ano inicial da série histórica. O índice acumulado foi de 966,6 milímetros de chuvas para o mês de janeiro, sendo que a média pluviométrica histórica na capital para esse período é de 329,1mm, caracterizando o triplo da média esperada para o mês. Somente na primeira semana de fevereiro (2020), o acumulado foi de 192 milímetros, o que ultrapassou a média esperada para o mês, de 181 milímetros.
Além das novas instalações, o CBMMG contará com os procedimentos ordinários de prevenção, mitigação, monitoramento operacional, mapeamento das áreas de risco, treinamentos e capacitações para nivelar o conhecimento do público interno e externo.
Também estão inclusas no planejamento reuniões mensais com outros órgãos; campanhas educativas integradas com órgãos ambientais; planos de contingência; manter e atualizar os Núcleos Comunitários de Proteção e Defesa Civil, além de vistorias em encostas, monitoramento de barragens, visitas em áreas de inundação e orientação às comunidades em áreas de risco.
continua após a publicidade
É muito importante destacar o papel da sala de situação que em momentos atípicos apresenta um monitoramento em tempo real que influencia nas tomadas de decisões do comando e na alteração dos níveis de alerta das unidades e frações do Corpo de Bombeiros, facilitando assim, a rápida mobilização e resposta das equipes, que além de preparados para a atividade, atenderão consoante os níveis de alerta.
Os Núcleos de Atenção às Chuvas são as 17 estruturas compostas por militares selecionados e capacitados pelo Batalhão de Emergências Ambientais e Resposta a Desastres (Bemad) para desenvolver ações especificamente relacionados às chuvas.
Fonte : Agência Minas