Um jovem, de 20 anos, foi denunciado por homicídio, com dolo eventual, pelo acidente em que morreu o vereador Carlos César Oliveira Araújo, além do filho e da nora dele, ocorrido em maio deste ano no km 32 da MG-126, em Rochedo de Minas. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).
De acordo com a denúncia da promotora de Justiça Natália Salomão de Pinho, o denunciado, que conduzia uma caminhonete e bateu de frente com o carro das vítimas, havia consumido bebida alcoólica antes do acidente, o que justifica a denúncia de homicídio com dolo eventual.
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“Mesmo após a ingestão de bebida alcoólica – e por egoísmo, ego ou espírito de competição – ele não renunciou às ações de dirigir, assumindo assim o risco de provocar uma colisão ou um atropelamento”, afirmou a promotora.
Segundo o MPMG, o homicídio com dolo eventual é quando a pessoa prevê que a atitude dela pode resultar na morte de alguém, mas, mesmo assim, prossegue com a ação e assume o risco de produzir tal resultado. Diante disso, foi pedido à Justiça que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri.
Segundo o MPMG, o homicídio com dolo eventual é quando a pessoa prevê que a atitude dela pode resultar na morte de alguém, mas, mesmo assim, prossegue com a ação e assume o risco de produzir tal resultado. Diante disso, foi pedido à Justiça que o caso seja julgado pelo Tribunal do Júri.
A Polícia Civil em São João Nepomuceno concluiu no início do mês de julho deste ano o inquérito que apurou o acidente.
De acordo com a corporação, o jovem dirigia uma caminhonete e colidiu com o veículo das vítimas, um carro de passeio. O condutor da caminhonete foi socorrido, mas os três ocupantes do carro não resistiram aos ferimentos e tiveram os óbitos confirmados.
Segundo a necropsia, as três vítimas, em virtude da violenta colisão entre os veículos, sofreram politraumatismo, o que as levou a morte.
Os peritos que analisaram o local do acidente concluíram que o evento ocorreu por responsabilidade exclusiva do denunciado, ao invadir a contramão da rodovia com a caminhonete.D urante as investigações, o investigado apontou que a culpa do acidente teria sido das vítimas, mas o inquérito da Polícia Civil reuniu 23 testemunhas e vasto conjunto probatório, material que indicou, inclusive, que ele teria se envolvido em outras infrações de trânsito momentos antes, em Maripá de Minas, também embriagado.
No final de maio deste ano, o vereador de Rochedo de Minas, Carlos César Oliveira Araújo, de 56 anos, o filho de Carlos Henrique Araújo, de 26 anos, e a nora Franciely Oliveira, de 25, morreram no km 32 da MG-126 em Rochedo de Minas. O acidente envolveu o carro das vítimas e uma caminhonete, cujo condutor, de 20 anos, ficou ferido.
Segundo informações da Polícia Militar Rodoviária (PMRv), o veículo das vítimas retornava de São João Nepomuceno para Rochedo de Minas. O vereador e o filho estavam nos bancos da frente e morreram na hora. A nora chegou a ser socorrida, mas não resistiu e morreu no Pronto Atendimento Médico (PAM) do Hospital São João.
O jovem que conduzia a caminhonete foi encaminhado para atendimento médico no Hospital São José, na cidade de Bicas. A unidade afirmou que ele havia transferido e não informou para qual hospital ou cidade, não sendo possível apurar mais informações sobre ele.
RELEMBRE O CASO
Vereador de Rochedo, seu filho e sua nora morrem após colisão na MG-126.
Reportagem Kadu Fontana com informações do G1 Zona da Mata.