Uma luz no fim do túnel na luta contra a Covid-19 no Brasil. Nesta segunda-feira (19), o Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, enviará à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os dados dos testes da vacina contra o coronavírus realizados em São Paulo.

Testada em voluntários brasileiros desde o início de julho, a vacina chinesa Coronavac é considerada uma das mais promissoras do mundo contra o patógeno.

Abaixo, vamos detalhar o porquê esse imunizante é um dos que mais despertam alento neste momento de caos e quais serão as etapas até a vacinação em massa. Vem conosco!

EM QUAL ESTÁGIO DE TESTES DA VACINA CHINESA ESTAMOS?

No último estágio. O resultado da terceira fase de testes da CoronaVac foram concluídos no último final de semana e serão enviados nesta segunda-feira à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A informação foi confirmada pelo governador de São Paulo, João ,Doria (PSDB), na última quinta-feira.

“A vacina do Butantan com a Sinovac é a mais avançada das vacinas neste momento em última etapa de testagem aqui no Brasil. Ela termina nesta semana, neste final de semana, e na segunda-feira os resultados já serão encaminhados integralmente para a Anvisa pelo Instituto Butantan”, afirmou Doria.

A VACINA CHINESA É SEGURA?

A vacina da farmacêutica Sinovac é uma das mais avançadas do mundo e sua segurança já foi comprovada em uma pesquisa com mais de 50 mil voluntários na China. No Brasil, os estudos da última fase de testes foram acompanhados por 12 centros de pesquisa em cinco Estados e no Distrito Federal. 

A boa notícia é de que tanto na China, quanto no Brasil, os testes clínicos tiveram voluntários com mais de 60 anos, que são o grupo considerado o mais suscetível a agravamento dos sintomas da Covid-19. 

Segundo João Doria, os estudos realizados na China apontam que 94,7% dos voluntários, incluindo os idosos, não tiveram qualquer sintoma adverso à vacina, que teve mais 98% de eficiência na imunização.

Para se ter uma ideia, devido à pandemia, a  Anvisa reviu suas regras também quanto à eficácia mínima exigida para a concessão do registro para imunizantes. Geralmente, ela só aprova vacina que conferem a partir de 70% de proteção. Para a Covid, a licença poderá ser concedida com 50%.

OK, MAS QUAL É A PRÓXIMA ETAPA PARA APROVAÇÃO DA VACINA CHINESA?

Os dados enviados à Anvisa configuram um pedido de avaliação emergencial do imunizante para vacinação em massa. A partir de agora, caberá à agência avaliar sua eficácia. 

Não há prazo mínimo para que ele seja estabelecido, mas a celeridade deverá ser maior se comparado a outros pedidos, já que o órgão vinha acompanhando de perto a terceira etapa de testes e já recebeu os dados da primeira e segunda fase. 

A VACINA CHINESA SERÁ NACIONAL?

Por enquanto, o acordo firmado entre o Instituto Butantan e a farmacêutica Sinovac, responsável pela Coronavac, prevê que, caso receba o ok da Anvisa, São Paulo receberá 6 milhões de doses da vacina já prontas, enquanto outras 40 milhões serão formuladas.

Porém, Doria afirmou que na próxima quarta (21) irá a Brasília onde terá uma reunião com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para tentar incluir o medicamento do laboratório no plano nacional de imunização.

Paralelamente, Doria tem se encontrado com representantes de outros Estados. Ele já deixou claro que caso o governo federal não compre o imunizante, irá negociar diretamente com as outras entidades da Federação.

QUANDO TEREMOS A VACINA CHINESA?

Em caso de resposta positiva da Anvisa, o governo de São Paulo planeja iniciar uma campanha de vacinação contra o coronavírus na segunda quinzena de dezembro. Porém, esse prazo poderá ser postergado em virtude das incertezas em relação ao aval da agência.

Fonte : O Tempo