O Banco Central apresentou, nesta quarta-feira (2), a nova nota de R$ 200, que começa a circular a partir desta data.
A previsão da entidade é de que, ainda em 2020, sejam impressas 450 milhões de cédulas, que terão a imagem do lobo-guará. Essa será a sétima cédula da família de notas do real.
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A nota foi oficialmente apresentada em uma cerimônia online, com a presença do presidente do BC, Roberto Campos Neto, e da diretora de administração da autoridade, Carolina de Assis Barros.
Segundo o BC, o aumento da demanda por papel-moeda durante a pandemia tornou necessária a injeção de uma quantia adicional R$ 105,9 bilhões de dinheiro em espécie na economia. O valor precisaria ser gerado em um espaço de cinco meses, até agosto, para que começasse a circular ainda este ano.
Os mais de R$ 105 bilhões representam uma quantia extra, para além das encomendas de cédulas já previstas para este ano, que chegam a R$ 64 bilhões também em valor financeiro.
O custo de produção das notas e quais são as cédulas mais usadas atualmente é o seguinte. Confira:
Notas | Custo para fabricar mil cédulas | Percentual sobre a circulação total |
R$ 100 | R$ 280 | 21% |
R$ 50 | R$ 275 | 32% |
R$ 20 | R$ 309 | 12% |
R$ 10 | R$ 284 | 9% |
R$ 5 | R$ 210 | 8% |
R$ 2 | R$ 205 | 18% |
R$ 200 | R$ 325 | – |
Na última terça-feira (25), a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu um prazo de 48 horas para que o Banco Central apresentasse informações que justificassem o lançamento da cédula de R$ 200.
A ministra é a relatora no STF de uma ação apresentada pelo PSB, pelo Podemos e pela Rede Sustentabilidade, que argumentam que o lançamento da nota de R$ 200 é inconstitucional. Para os partidos, a nota pode facilitar a “atuação da criminalidade” ao facilitar a movimentação de dinheiro em espécie.
Carolina afirmou que o BC respondeu à solicitação do STF no prazo determinado e que agora aguarda a decisão.
Marcel Mascarenhas, procurador-geral adjunto do BC, que também estava presente na cerimônia, disse que é normal que políticas públicas dessa magnitude sejam questionadas no âmbito do STF.
Fonte : Infomoney