Esta é a definição mais comum do termo disponibilidade. Em São João Nepomuceno, o Técnico em RADIOLOGIA E FUNCIONÁRIO PÚBLICO MUNICIPAL, Cláudio Bertolini Fajardo de 51 anos de idade e 28 anos de profissão foi colocado em disponibilidade. Até aí um procedimento legal e algumas vezes já executado no setor público.
De acordo com Cláudio, que é servidor público municipal e estava prestando seus serviços, cedido ao Hospital São João, há aproximadamente um mês atrás a direção da instituição de caridade lhe comunicou que não necessitaria mais de seus serviços e que ele seria “devolvido” aos quadros da prefeitura e inclusive outra profissional do setor de radiologia já havia sido contratada para substituí-lo. Cláudio diz ter salientado que na Policlínica Micro-Regional não possuía mais aparelho de raio-x ou na verdade possuía um novo, mas que estaria na caixa nos corredores há pelo menos 04 anos ( matéria anterior aqui no RKF) e que ele não teria como trabalhar. De acordo com o relato do técnico, a direção foi irredutível e ele se reportou então ao departamento de pessoal da prefeitura onde ele assinou um aviso de férias de 30 dias, período este no qual, lhe teria sido prometido que se tentaria uma solução para seu caso, até mesmo um possível retorno seu ao Hospital São João.
Funcionário disse que passa por constrangimento.
Passado o período de férias, o funcionário disse ter retornado á prefeitura e lhe ter sido entregue outra aviso de férias de mais 30 dias, lhe sendo informado que nenhuma solução para seu caso havia sido ainda encontrada. O funcionário disse ter se recusado a assinar o documento ( alega o mesmo não outro possuir outro período de férias vencido) e então lhe teria sido comunicado que ele estaria em disponibilidade.
Cláudio então no início desta semana, não aceitando tal situação, retornou á sua base ou seja a policlínica, onde permaneceu toda a semana ao lado da sala de Raio-X , que hoje está vazia e ao lado do caixote onde permanece há 04 anos o “novo” aparelho que nunca foi sequer montado. Alega o mesmo que neste período, ele não foi procurado por ninguém e ele permanece no local aguardando uma solução.
SECRETÁRIO MUNICIPAL DE SAÚDE FALA AO RKF : O Portal entrou em contato via telefone com o Sr. Isaías Sporch de Freitas que deu sua versão sobre todo este caso.De acordo com Isaías, o Hospital São João através de seu provedor Rogério Motta Vilela lhe comunicou a decisão de não contar mais com o funcionário. O motivo seria a insubordinação do referido funcionário ás normas da casa. De acordo com o secretário, o provedor estava irredutível em sua decisão. Salientou ainda Isaías que não pode interferir em uma decisão daquela instituição, que tentou ainda argumentar com o provedor mas a decisão do mesmo era irrevogável, não tendo assim outra maneira a não ser receber o funcionário de volta. Disse ainda o secretário que orientou o funcionário Cláudio assim que ele retornou das férias, que procurasse a prefeitura para esclarecimento e que não poderia no momento contar com seus préstimos, pois já que não existia aparelho de raio -x em funcionamento na área de saúde municipal e como ele não pode desviá-lo de função, pois estaria cometendo uma irregularidade trabalhista , não haveria maneira de aproveitá-lo naquele local. Concluiu o Secretário de Saúde que desde então o funcionário não lhe procurou mais, que foi surpreendido com a presença do mesmo no local de trabalho e que a informação que lhe foi repassada é que o funcionário estaria de férias mesmo não tendo assinado o documento, visto que de acordo com sua informação, haveria mais um período vencido e que Cláudio não poderia ter se recusado a gozar de suas férias. Esperava ainda que o funcionário o procurasse para prestar esclarecimentos de toda a situação o que não havia ocorrido até o fechamento desta matéria. Foi enfático o secretário em dizer que a decisão de permanecer ao lado de sua antiga sala de trabalho foi tão somente do técnico em radiologia, que em nenhum momento determinou que ele voltasse á sua base de trabalho e que esperava ele estivesse gozando de suas férias.
Funcionário ao lado do aparelho encaixotado.
PROVEDOR DO HOSPITAL SÃO JOÃO : O Portal procurou também o Sr. Rogério Motta Vilela que foi até a redação e também deu sua versão dos fatos. De acordo com seu relato, ele tentou por diversas vezes um relacionamento profissional amistoso com o funcionário, disse que o considera excelente profissional mas que teve diversos problemas com o mesmo com relação ao não cumprimento das normas do hospital, citando a recusa por parte do mesmo em bater o cartão de ponto exigido, cita também que o técnico tentou influenciar outros funcionários a se insubordinar contra a direção da casa e cita também dificuldades por parte de funcionário de aceitar hierarquia naquela instituição. De acordo com Rogério, a situação se tornou insustentável ao ponto de não e não haver outro caminho infelizmente a não ser o de devolver o funcionário á administração municipal. De acordo com o provedor, a sua decisão é irrevogável.