O resgate da índia recém-nascida – que foi resgatada depois de ser enterrada viva pela família dela, nessa terça-feira (5), em Canarana, a 838 km de Cuiabá, é visto como um milagre por policiais que ajudaram a salvá-la.
A polícia descobriu que a recém-nascida estava viva no momento em que os policiais espantados e emocionados cavavam para retirar o corpo do local.A Polícia Civil estima que a criança ficou enterrada viva por pelo menos 07 horas.
Logo após o parto, uma indígena recém-nascida teria sido enterrada viva por sua avó, segundo informações preliminares. Logo em seguida, entretanto, foi salva por policiais e encaminhada para um hospital da região. Segundo informações divulgadas pelo portal G1, a família da bebê informou que achasse que a criança estivesse morta.
Após receber denúncia anônima, a Polícia Militar, com apoio da Polícia Civil, compareceu no endereço da casa onde residia uma família indígena, em que a avó teria enterrado a neta.
A mãe da menina tem 15 anos e deu à luz no banheiro de uma casa da família de indígenas.
Investigações
Ao chegar no pronto socorro, os médicos descobriram que a recém-nascido teve um afundamento no crânio. O bebê passou por um exame de raio-X que apontou duas fraturas na cabeça. A bisavó, Kutz Amin, de 57 anos alegou que a criança não chorou e, por isso, acreditou que estivesse morta. Seguindo o costume da comunidade indígena, ela enterrou o corpo no quintal, sem comunicar os órgãos oficiais.
A mãe da adolescente e a mãe do bebê foram ouvidas na delegacia e liberadas. A adolescente está com um quadro de saúde debilitado e com hemorragia. A bisavó deve ser apresentada à Justiça em uma audiência de custódia entre esta quarta e quinta-feira (7).
A Fundação Nacional do Índio (Funai) acompanha a situação com a família e a bisavó.
DEPOIMENTOS :
“Um dos policiais começou a cavar com uma enxada, com muito cuidado e devagar, até que puxou um pano. Nisso, ele ouviu um gemido, quase um choro, como se a criança estivesse resmungando. Ele gritou ‘a criança está viva!’”, relatou uma policial ao G1.
“Ela confessou que cortou o cordão umbilical do bebê e, por não ter chorado, ela acreditou que a menina estava morta. Ela fez o enterro do bebê na cultura deles, sem comunicar às autoridades”, disse o delegado.
“Eles deixaram o costume deles falar mais alto e enterraram a criança por acreditaram que estivesse morta. Futuramente a avó poderá responder por participação e a adolescente por um ato infracional”, finalizou o delegado.
FONTE : G1
Os policiais calculam que a criança ficou enterrada por seis horas – entre as 14h e 20h de terça-feira em uma cova de 50 centímetros de profundidade. A menina está no Hospital Regional de Água Boa, a 736 km de Cuiabá.
A família indígena, seguindo os costumes deles, enterrou a menina no quintal da casa deles. A bisavó, Kutz Amin, de 57 anos alegou que a criança não chorou e, por isso, acreditou que estivesse morta. Ela acabou presa nesta quarta-feira (6). O G1 não localizou o advogado dela.
Segundo o comandante, os policiais se surpreenderam com a história por duas vezes: primeiro, pelo fato da família ter enterrado a criança e não comunicado às autoridades. Segundo, pelo fato da menina ter sobrevivido embaixo da terra por tantas horas.
“Ela foi enterrada por volta de duas horas da tarde e fomos acionados já no período da noite. Foi um lapso temporal muito grande. Já tinha acabado com qualquer esperança de encontrá-la viva”, declarou Nascimento.
O procedimento legal é a PM comunicar a situação à Polícia Civil, que por sua vez liga para a Perícia Oficial e que faz a retirada do corpo. Como os peritos estavam em outra cidade, longe dali, os policiais civis deveriam primeiramente encontrar o corpo.
“Quando o policial começou a escavação, podíamos ouvir um choro bem pequeno, embaixo da terra. Vimos que a criança estava viva, a tiramos dali e levamos para o hospital”, comentou o comandante.
A bebê indígena está sob os cuidados intensivos de uma pediatra desde que deu entrada no Hospital Regional de Água Boa, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES).
“Foi como um milagre, ninguém acreditava que essa criança pudesse estar viva e acabou emocionando a todos ali”, concluiu o comandante.