Bicas: policial é condenado á pena mínima por homícidio de vendedor de calçados

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Bicas: policial é condenado á pena mínima por homícidio de vendedor de calçados

Depois de 13 anos, foi realizado em Bicas, na Zona da Mata mineira, o júri popular do policial militar que matou durante uma abordagem um vendedor de calçados. Célio Nunes de Oliveira tinha 41 anos na época. ele saiu de Franca-SP. onde morava, para vender sapatos em Minas Gerais.

Ao encerrar um dia de trabalho, Célio foi jantar. Ao voltar para o hotel, foi abordado por dois policiais militares. Um deles atirou. Célio foi colocado na caçamba da viatura e levado para o hospital. Segundo o inquérito da Polícia Civil, o PM que atirou disse aos atendentes que se tratava de um caso de suicídio. Em seguida, ainda no hospital, mudou a versão e alegou que tinha atirado para se defender e que o vendedor estava armado.

imagens das câmeras de segurança do hospital de Bicas mostram o militar puxando o corpo da vítima, que ficou pendurado na beirada da caçamba até um funcionário chegar com a maca. o PM ainda retira documentos e um celular do bolso de Célio. A falta de identificação fez com que ele desse entrada como indigente. Os funcionários do hospital precisaram ir à Polícia Militar em busca de informações da vítima.

A família só avisada sobre a morte 12 horas depois de Célio ser baleado. Na época, os familiares contrataram o advogado criminalista Ulisses Sanches da Gama, com um histórico de excelentes resultados em Júris Populares, que passou a acompanhar a investigação e a reconstituição do crime. Ao contrário das versões do policial, o inquérito apontou indícios que levaram ao indiciamento por homicídio doloso, com intenção de matar. Ao longo desses anos, irmãos e outros familiares buscaram manter viva a história, divulgando vídeos e textos sobre o caso.

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No julgamento, no Tribunal de Bicas, os jurados votaram pela condenação do policial militar reformado. A sentença considerou os bons antecedentes criminais do réu, segundo o juiz Ricardo Domingos de Andrade. O Júri Popular, no Fórum Desembargador Bianco Filho, começou às 8h e terminou por volta de 23h. No relatório, consta que a conduta do pm foi incompatível os padrões exigidos pela Polícia Militar, “agindo de forma precipitada”.

O Conselho de Sentença condenou o réu Mauro Aloísio Kaiser Rossignoli a seis anos e seis meses de prisão, mas a pena foi reduzida em seis meses, em decorrência da “confissão” de autoria. A reclusão, em regime semiaberto, provisoriamente, foi cumprida já no fim do julgamento, além de ser aplicada a perda do cargo público. A sentença tem por base o Artigo 121 (Caput) do Código Penal Brasileiro: Homicídio Simples. O caput do Artigo 121 descreve a forma mais básica do crime de homicídio, sem qualificadoras (agravantes) ou privilegiadoras (atenuantes), não cabendo, portanto, aplicação do 1º ou 2° parágrafos deste artigo.

A pena aplicada é a mínima prevista para este tipo de sentença, já que a máxima pode chegar à 20. Para o irmão de Célio, Wellington, o resultado não traz o irmão dele de volta, mas dá um pouco de alívio à família saber que a justiça foi feita. Num depoimento à TVJF Notícias, Wellington comentou o resultado do julgamento.

A Defesa deve recorrer da sentença.

As informações são da TVJF neste link https://tvjf.com.br/juri-termina-com-condenacao-em-bicas/

 

Kadu Fontana
Kadu Fontana
Jornalista registrado no MTE desde 2014 , radialista, e proprietário do Portal RKF. www.instagram.com/kadufontana/

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