Aconteceu nesta quarta-feira 08 de maio, um debate público na Câmara Municipal de São João Nepomuceno, requerido pelo arquiteto e urbanista, Flávio Rossi Vitoi, sobre a reurbanização do ” Morro do Hospital”.
Inicialmente, usando a tribuna, Flávio Vitoi expôs sua opinião de retomada de um plano diretor sobre a urbanização da cidade e defendeu a implantação da camada asfáltica, em alguns trechos, como a Rua José Gomes de Oliveira (lado do Clube Trombeteiros) , permanecendo em piso original na parte Rua Dr Gouveia, ou seja o morro do Pronto-Socorro. Ele acredita que deve-se chegar a um meio termo entre o progresso e o tradicionalismo. Criticou também a reurbanização desordenada da cidade.
O geógrafo Bruno Pinto Ribeiro acompanhou as palavras de Flávio.
Logo em seguida, o jornalista Fernando Mota, disse que as derrapagens dos automõveis, com o atual piso, são constantes, que o morro do hospital não é ponto turístico e só o acessa quem tem parentes ali residindo ou por necessidade de se dirigir ao PAM, Hospital São João, Igreja do Rosário.
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Disse ainda que os blocos de pedras são arrancados por motoristas para escorarem pneus dos automóveis estacionados. As árvores retiradas serviam de de referência para estacionamento inadequado dos veículos e que os moradores com garagens têm ás vezes dificuldades de retirarem seus carros das garagens. Finalizou dizendo que já presenciou vários pequenos acidentes ali.
A secretária de Obras e Desenvolvimento Urbano, Paula Danelon disse que as árvores que foram retiradas estavam em local inadequado. Informou também que Rua José Gomes de Oliveira, em breve, dará acesso ao setor de hemodiálise a ser implantada no hospital, que já está aprovada pela Vigilância Sanitária, aumentando o fluxo de pessoas e veículos no local que é também acesso ao bairro São José. O custo também com o asfaltamento seria muito menor que despesas de mão de obra e material para calçamento normal, fora a demanda de tempo para finalização da obra. O projeto vai regularizar a captação de águas pluviais da rua. Ela afirmou que a obra não é irregular e segundo a secretária, a remoção das árvores também foi aprovada.
O procurador-geral do Município Dr Michel discursou e disse que o projeto está todo aprovado e que se ele sofrer qualquer tipo de alteração neste momento, a verba que é um recurso federal específico, será perdida. Disse que também existia a oportunidade de se provocar a audiência pública em momento anterior, o que não ocorreu. Dr. Michel disse que a administração sempre esteve aberta para ouvir os anseios e reivindicações da população a todo instante
A vereadora Fabiana foi a primeira a se manifestar e disse não concordar como a maneira impositiva que, segundo ela, a Administração conduz a situação. Sobre as árvores ela disse que um canteiro resolveria a situação e evitaria cortes. Ela contrapôs ainda, o Dr. Michel, dizendo que o Execuitivo deveria ouvir os cidadãos na questão dos postos de saúde com filas e sem médicos, , gestantes que não podem ganhar seus filhos na cidade, reajuste da valor do IPTU em valores majorados sem qualquer aviso previo á população etc Ela terminou dizendo que espera que a obra não prejudique moradores com alagamentos
O vereador Írio Henriques disse que vê como melhoria para o município a reurbanização.
O vereador Léo Oliveira disse que é preciso valorizar a vida humana. Que qualquer segundo no atendimento é essencial para se evitar a perda de uma vida, o que inviabiliza as ambulâncias subirem a Rua José Gomes de Oliveira e realizar o contorno e descer a Rua DR Gouveia para acessar o pronto-socorro, se contrapondo também ás sugestões de mão única onde o fluxo de veículos somente subiria a Rua José Gomes de Oliveira e teria de contornar atrás do hospital e descer a Rua Dr. Gouveia para acessar o PAM.
O vereador Francisco parabenizou a mesa diretora pela audiência, assim como o vereador Sebastião Barbosa estendendo o cumprimento a todos.
José Maria de Almeida disse que da reunião de ideias sairá uma solução que favoreça ao povo.
A vereadora Paula disse o projeto que é uma reivindicação antiga na Câmara e confia nos profissionais a frente do projeto.
O sócio-gerente da Viação Bassamar, Sr. Márcio Marangon explicou sobre os benefícios para a população em matéria de conforto nos trechos onde os ônibus circulam quando existe a pavimentação asfáltica e desgates muito menores dos carros.
Por fim, vários munícipes se manifestaram na tribuna, com destaque para o cidadão Jimmy Luíz Alves, que disse que o asfaltamento do morro do pronto-soccoro é um mal necessário. Ele enfatizou projetos que vislumbrem o futuro. Citou que a cidade tem ruas estreitas, calçadas mal construidas, postes mal colocados, porque quando das execuções, não se pensou em 50 ou mais anos á frente. Disse também que toda a decisão administrativa que conte com a participação popular tende a ser mais acertiva. Disse que não gosta do projeto mas ele se torna inevitável.
Pelo que foi exposto, a tendência é de que a obra siga seu curso normal, de acordo com o projeto aprovado, mesmo com algumas manifestações de tentativa de provocar o Ministério Público por parte de algumas pessoas contrárias ao projeto original.