O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Minas Gerais (Crea-MG) informou, na tarde desta sexta-feira (31), que o prefeito de Matias Barbosa, proprietário da casa onde o trabalhador Arthur de Miranda Rodrigues Paiva, de 26 anos, morreu soterrado, foi atuado por “deixar de contratar profissional habilitado para projetar e executar o muro de arrimo”.
Ainda conforme o Órgão, a obra estava sendo conduzida sem acompanhamento de responsável técnico. Em entrevista à TV Integração na noite de quinta, Carlos Roberto Mendes Lopes (Progressistas) disse que a obra no muro não apresentava registro. Conforme ele, as intervenções na casa seguem projeto arquitetônico, mas o trabalho de contenção da estrutura à frente da casa, em si, não estava no escopo da arquiteta contratada.
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Conforme o Corpo de Bombeiros, a corporação foi acionada por ligação telefônica informando que o trabalhador havia sido totalmente soterrado por um talude de 4 metros. A vítima foi retirada do local, chegou a ser atendida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu e morreu. A Polícia Civil disse que instaurou inquérito policial para apuração dos fatos.
O corpo de Arthur de Miranda Rodrigues Paiva foi sepultado na manhã da sexta-feira (31), em Simão Pereira, município vizinho a Matias Barbosa.
O velório aconteceu na Câmara Municipal até as 8h, e o enterro logo em seguida. Segundo uma colega do rapaz, ele morava em Simão Pereira e ia e voltava todos os dias para trabalhar em Matias Barbosa.
Fonte : G1 Zona da Mata