A época da gripe espanhola o circense Galdino Pinto estava instalado no município de Rio Novo. Encurralado pela pandemia na Zona da Mata, Galdino então transformou Circo Americano em uma espécie de enfermaria para atender os rio-novenses ao lado da esposa Clotilde. O ato humanitário levou o município a homenagear Galdino dando o seu nome da rua onde o Circo Americano estava lotado – e os demais que passam o Rio Novo sempre estiveram.
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Pelos postes da Rua Galdino Pinto, o artista plástico e professor Ronilson Ferreira de Oliveira de 54 anos, começou a transformar e o novo em meio a nova pandemia em uma galeria a céu aberto a partir de pinturas em postes.
O projeto “Arte é energia” envolve ainda crianças da educação infantil e do ensino fundamental da rede municipal de Rio Novo bem como artistas plásticos locais e voluntários. O projeto busca resgatar a história das ruas, sobretudo daqueles que eles emprestam nomes como o Galdino para as crianças rio-novenses. As figuras estampadas nos postes relacionam-se diretamente com quem era ou o que fazia aquele ou aquela que atualmente dão nome ao logradouro.
Nos postes da Galdino Pinto por exemplo, Ronilson que de antemão faz os contornos das figuras com carvão e depois reforça com tinta preta, escolheu palhaços. “O projeto é para levar um pouco de alegria e de cor para este período um pouco sombrio pela qual a gente está passando e o projeto está sendo bem acolhido pela população. Às vezes as pessoas comentam que quando passam por esses postes, as pinturas trazem cores para dias nublados a energia do poste é a força que a arte tem para chegar até as pessoas”.
Ronilson foi professor de artes até deixar a sala de aula para trabalhar no Departamento de Cultura da Prefeitura de Rio Novo. A prefeitura então o apoiou e cedeu um funcionário para pintar os fios brancos e além disso a comunidade começou apoiá-lo ajudando com água e lanches, relembra. Porém não apenas estudantes da rede municipal de Rio Novo integram a “Arte é energia”, como artistas plásticos, pais e mães das próprias crianças também, além de outros voluntários.
As atividades artísticas são coordenadas paralelamente pela Secretaria de Educação com aquelas pedagógicas previstas nas apostilas encaminhadas aos alunos.
Fonte e fotos : Tribuna de Minas