Durante as diligências para localização dos autores da tentativa de homicídio ocorrido na tarde deste domingo 14 de dezembro em São João Nepomuceno, um homem compareceu na delegacia de Polícia Civil de Juiz de Fora se apresentando-se como autor do crime.

O comando da 136 CIA de PM foi cientificado do fato. O suposto autor alegou que sua família vinha sofrendo ameaças por parte da vítima e que neste domingo ele foi novamente ameaçado.

Ainda de acordo com o relato, ele de posse de uma arma de fogo disparou uma única vez em direção à vítima e em seguida fugiu. Ele justificou o ato que teria sido motivado pela suspeita de que a vítima seria o autor do homicídio de seu pai ocorrido 20 anos atrás. Porém, o depoimento do suposto autor foi contraditório com as informações apuradas pela equipe policial empenhada na ocorrência.

De acordo com o registro da PM, a vítima foi socorrida inicialmente ao pronto-socorro e em seguida transferida para um hospital de Juiz de Fora. Quando ainda estava no ambulatório do pronto-socorro a vítima, ainda consciente apontou que seriam os autores dos disparos de o atingiram, indicando três suspeitos. Ainda de acordo com a vítima o trio teria ido até a sua casa sendo que um deles teria apontado a arma e efetuado os disparos sendo atingido por três deles.

Depois disso ele teria fugido pulando muros de casas vizinhas e se escondido numa área de vegetação para tentar se salvar sendo socorrido pela ambulância posteriormente. O comandante da 136 CIA foi até a delegacia de Polícia Civil em Juiz de Fora onde confirmou que o relato do suposto ao autor não coincidia com a dinâmica apurada no local do crime.

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O suposto autor alegou ter disparado uma única vez, mas a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo. A vítima também não teria reconhecido o declarante como sendo um dos autores, quando ainda estava lúcida no pronto-socorro.

Entenda o caso :

Homem sofre tentativa de homicídio no bairro Shangrilá em SJN

Diante do apurado, a PM constatou que o suposto autor não teve participação nos disparos, caracterizando crime de autoacusação falsa previsto no art. 341 do Código Penal.

Art. 341 – Acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem:

Pena – detenção, de três meses a dois anos, ou multa.

Ainda de acordo com a PM, não foi possível identificar se o homem tentou encobrir a autoria de um terceiro ou como forma de afirmar que teria vingado a morte do seu pai. Ele recebeu voz de prisão por autoacusação falsa e assinou um Termo Circunstanciado sendo liberado em seguida.

Portal RKF informações da Polícia Militar