Julgamento da morte de vendedor de sapatos em Bicas ocorrido em 2012 será dia 26/05.

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Era maio de 2012, o vendedor de sapatos Célio Nunes de Oliveira, de 41 anos, saiu de Franca, São Paulo, onde morava, para fechar vendas em Bicas, na Zona da Mata mineira. Era noite e ele disse aos familiares que iria deixar o hotel para jantar. A família nunca mais conseguiu falar com ele. O vendedor foi morto logo depois, baleado por um policial militar.

Célio caminhava pelo centro de Bicas, quando foi parado numa abordagem policial. Na época, o militar responsável pela ação policial contou que atirou em Célio ao ver o vendedor puxar uma arma. Mas, a versão gerou suspeitas depois que imagens de câmeras de segurança foram divulgadas.

A família aponta alguns detalhes que ficaram sem resposta no dia da morte. As imagens das câmeras do hospital da cidade mostram a viatura chegando, com o Giroflex e a sirene desligados, Célio desacordado na caçamba e os militares ansiosos. O vídeo mostra ainda o PM que atirou retirando dos bolsos da vítima documentos e celular. Ele puxa o corpo, que chega a ficar pendurado para fora da caçamba, enquanto os atendentes buscam uma maca.

Wellington César de Oliveira, irmão de Célio, contou à TVJF que a família só foi informada sobre a morte pela Polícia Civil, quase 12 horas depois de Célio ser baleado. “Sem documentos, ele foi recebido no hospital como indigente. Essa ação do policial serviu para retardar ao máximo a identificação e a mobilização da família”, lamenta Wellington.

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Desde então, familiares e amigos têm se mobilizado pedindo justiça. Foram 13 anos de espera. O sargento da PM que atirou em Célio foi indiciado por homicídio doloso e o Júri Popular foi marcado para a próxima segunda-feira, 26/05. “Só queremos que a justiça seja feita. No hospital, na frente de todos que estavam lá, o policial que atirou disse primeiro que tinha sido suicídio. Depois, falou que atirou no meu irmão para se defender. Tudo mentira. Versões que foram sendo apresentadas e mudadas. ” lembra Wellington.

Ao longo de todos esses anos de espera, amigos e parentes de Célio compartilharam, nas redes sociais, vídeos chamando atenção para a demora na resolução do caso e questionando a forma como ocorreu o crime. Célio deixou uma filha pequena de 8 anos (Yasmin).

Wellington destaca dois pontos importantes que constam no inquérito feito pela Polícia Civil. Segundo ele, o sargento alegou ter visto Célio sacar a arma com a mão esquerda, mas o vendedor era destro. Além disso, o outro militar que participou da abordagem negou ter visto a vítima com a arma na mão. Os anos de espera pelo julgamento foram difíceis para a família e os amigos, que não perderam a esperança na Justiça.

Toda essa história vai ser relembrada na próxima segunda-feira, quando Defesa e Acusação vão se revezar no Tribunal do Júri para mostrar aos jurados o máximo possível de informações para que possam atuar com segurança. Lembrando que tanto a defesa do réu quanto a Promotoria e a Acusação podem recorrer da decisão apresentada.

AS INFORMAÇÕES SÃO DA TVJF

Kadu Fontana
Kadu Fontana
Jornalista registrado no MTE desde 2014 , radialista, e proprietário do Portal RKF. www.instagram.com/kadufontana/

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