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04/21/2025A Associação Brasileira de Zonas de Processamento de Exportação (Abrazpe) confirmou que a nova Zona de Processamento de Exportação (ZPE) da Zona da Mata será instalada em Goianá, próximo ao Aeroporto Presidente Itamar Franco.
De acordo com o presidente da Abrazpe, Helson Braga, a licitação está em fase inicial. A área de 200 mil metros quadrados pertencia ao Estado e, após articulações, foi doada ao município. O terreno está em processo de registro no cartório, e o projeto da ZPE aguarda os trâmites antes de seguir para aprovação do governo federal, em Brasília (DF).
A previsão é que as obras tenham início em meados de 2026, com inauguração ainda no mesmo ano. O investimento estimado para a realização do projeto é de quase R$15 milhões, e caberá à Prefeitura de Goianá assumir ou negociar o valor.
Ainda conforme Braga, a área foi escolhida estrategicamente para atrair empresas de diversos setores, promovendo a geração de empregos e o desenvolvimento econômico regional. Duas empresas, uma do ramo de energia e outra de processamento de alimentos, já estão em negociação para se instalar no local.
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As empresas que integrarem a ZPE contarão com benefícios fiscais, como isenção de tributos federais sobre importação, exportação e do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O modelo garante, por até 20 anos, segurança jurídica para atuação no mercado internacional.
As ZPEs funcionam como áreas de livre comércio com o exterior, voltadas à produção de bens destinados à exportação. O Brasil possui 13 zonas autorizadas, sendo quatro já em funcionamento nos estados de Minas Gerais, Piauí, Ceará e Mato Grosso. Segundo a Abrazpe, juntas, elas geram mais de 4 mil empregos diretos.
Para Helson Braga, as ZPEs desempenham um papel fundamental no desenvolvimento regional. “Gera empregos, atrai empresas e proporciona retorno financeiro tanto para a Prefeitura quanto para o Estado.”
Projeto é antigo
A proposta de criar uma ZPE na Zona da Mata não é recente. Em 2017, foi aprovada uma lei para a instalação da unidade no município de Rio Novo. O objetivo era beneficiar dezenas de cidades das microrregiões de Juiz de Fora e Ubá, com geração de empregos, aumento na arrecadação e fornecimento de insumos industriais.
Na época, Rio Novo era apontado como um dos poucos municípios da região com infraestrutura energética adequada, por meio da concessionária Energisa. A proximidade com aeroportos como Regional Itamar Franco, Santos Dumont, Galeão, Guarulhos, Congonhas e Viracopos também era considerada um diferencial logístico para o escoamento da produção. No entanto, o município não conseguiu reunir os recursos necessários para tocar o projeto adiante e acabou perdendo a autorização.
Parceria com a China
A Abrazpe tem apostado na internacionalização das ZPEs e acaba de firmar um acordo de cooperação com a China, onde essas zonas especiais são responsáveis por mais de 20% do PIB e concentram metade dos investimentos estrangeiros no país.
Segundo a associação, existem mais de 7 mil ZPEs em operação no mundo, em um modelo de negócio recomendado por órgãos internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e o Banco Mundial.
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Diante das incertezas no comércio global, intensificadas pelas políticas protecionistas adotadas durante o governo Donald Trump, o setor projeta uma reorganização nas cadeias produtivas internacionais. A expectativa é que empresas chinesas e até norte-americanas passem a buscar países da América Latina, como o Brasil, para instalar novas unidades, diante de um cenário geopolítico menos instável.
O presidente da Abrazpe confirmou que a parceria com a China já foi firmada e que Minas Gerais deve ser um dos estados beneficiados. Segundo ele, o acordo acontece por meio da articulação entre empresários dos dois países. “Enviamos uma lista com os empresários daqui que têm interesse em fazer acordo com empresários de lá.”

