O mês de novembro de 2024 foi o 2º mais quente já registrado globalmente, segundo o estudo divulgado pelo C3S (Serviço de Mudança Climática Copernicus) nesta 2ª feira 09/12.
A temperatura média global do mês foi de 14,10°C, marcando uma anomalia de +0,73°C em relação à média de 1991-2020. Os dados do C3S mostram que 2024 terminará marcado como o ano mais quente da história, com uma anomalia média anual de +0,72°C acima do período de referência e mais de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais.
TEMPERATURA GLOBAL E REGIONAL Em novembro, as temperaturas globais ficaram 1,62°C acima do nível pré-industrial, seguindo a tendência de 16 dos últimos 17 meses registrarem médias superiores a 1,5°C. No acumulado de 2024, as anomalias superaram 2023 em +0,14°C, confirmando o impacto de mudanças climáticas em escala global.
Pontos principais:
1. Aumento de 0,72°C nas temperaturas médias globais em relação à média de 1991-2020.
2. Superação do recorde de 2023.
3. Primeiro ano com aumento de temperatura acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.
4. Novembro registrou a segunda temperatura mais alta nos oceanos (20,58°C).
Consequências
1. Caos climático.
2. Superamento do limite crítico estabelecido pelo Acordo de Paris.
3. Impactos ambientais e sociais significativos.
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O penúltimo mês do ano foi caracterizado por uma sucessão de vários tufões devastadores na Ásia e pela continuação de secas históricas na África Austral e na Amazônia. O dito mês foi 1,62ºC mais quente do que os novembros regulares da época em que se utilizava petróleo, gás ou carvão em escalas industriais ao redor do mundo.
O preço dos danos
De acordo com os últimos cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU), o mundo não está no caminho certo para reduzir a sua poluição por carbono para evitar um agravamento acentuado das secas, ondas de calor ou chuvas torrenciais já observadas, que causam mortes e impactos econômicos.
As atuais políticas nacionais estão conduzindo o planeta para um aquecimento “catastrófico” de 3,1°C ao longo do século, ou 2,6°C se as promessas de fazer melhor forem cumpridas, de acordo com a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Os países têm até fevereiro para submeter à ONU uma revisão dos seus objetivos climáticos para 2035, mas os acordos mínimos da COP29 ocorrida no final de novembro podem ser utilizados para justificar as baixas ambições.
Os países em desenvolvimento receberam 300 mil milhões de dólares em promessas anuais de ajuda dos países ricos até 2035, ou menos de metade das suas necessidades para financiar a sua transição energética e adaptação aos danos climáticos.
Em 2024, catástrofes naturais, alimentadas pelo aquecimento, causaram perdas econômicas de 310 mil milhões de dólares em todo o mundo, divulgou na última quinta-feira, 5, a Swiss Re, grupo suíço que atua como seguradora de seguradoras.
Foto de capa : Correio Braziliense
Fonte: Terra.com