A Polícia Militar de Chiador, na Zona da Mata mineira, (73 KM de São João Nepomuceno) respondeu com prontidão a uma situação crítica, socorrendo uma criança de 07 anos que estava enfrentando uma grave crise convulsiva, por volta das 22h30 desta terça-feira 23 de abril.
A senhora Maria Cristina, técnica de enfermagem na cidade, solicitou ajuda no posto da Polícia Militar. Os policiais imediatamente se dirigiram à residência do menino e aplicaram técnicas de pronto-socorro, garantindo seu transporte seguro até a UPA- Unidade de Pronto Atendimento da cidade de Três Rios RJ, que fica a 25 KM de distância.
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Lá no ambulatório, o menino recebeu atendimento médico adequado. Um exemplo notável de resposta eficaz e cuidado comunitário por parte dos policiais Massabane, Costa e Soares que estavam de plantão na hora do fato.
Diante de uma situação como essa, esqueça o que diz a crença popular e jamais tente abrir a boca de alguém que esteja tendo uma convulsão. “A mandíbula é muito forte. A orientação é virar a pessoa de lado para que ela não aspire saliva”, alerta Gisele Sampaio Silva, gerente médica do Programa Einstein de Neurologia. Essa posição evita que a língua obstrua a passagem do ar e também que a pessoa se engasgue.
A coloração arroxeada é resultado da forte contração dos músculos respiratórios. “Em alguns casos, a pessoa pode gritar, também resultado dessa contração. Colocar a mão na boca não vai resolver e quem está ajudando ainda corre o risco de se machucar seriamente”, explica Dra Gisele.
Outra medida importante é tirar a pessoa de perigo. Para isso, coloque-a deitada no chão, mantenha-a afastada de objetos cortantes e móveis, e, se possível, retire colares e óculos e proteja a cabeça com uma almofada, travesseiro ou algo macio. Não jogue água no rosto da pessoa.
As crises em geral duram cerca de dois minutos, mas podem se estender por até cinco. “Se o tempo for superior a esse, acione uma ambulância ou leve a pessoa a um hospital. A crise convulsiva é sintoma de uma condição neurológica aguda ou de epilepsia e deve ser abordada como urgência médica em quem nunca a teve”, aconselha Luis Otávio Caboclo, coordenador médico do setor de Neurofisiologia Clínica do Einstein.
Quando a crise termina, é normal haver sonolência, dor de cabeça e confusão mental. Esse estado, chamado de pós-ictal, pode durar de uma a duas horas. Nesse período, evite dar de comer ou beber à pessoa, pois os movimentos ainda podem estar descoordenados.
Reportagem Portal RKF com informações da Polícia Militar de Chiador.