A equipe policial recebeu denúncia de que uma criança recém-nascida estaria sob guarda de uma mulher que dizia ser sua mãe, contudo ela não estava grávida. De acordo com o denunciante, a origem da criança era duvidosa.
No local, foi realizado contato com a mulher de 47 anos, que ao ser cientificada da denúncia relatou que estava com uma bebê, sua filha, e que a criança nasceu na cidade de Belo Horizonte e já contava com 112 dias de vida. Que a criança nasceu prematura e estava na encubadora, motivo pelo qual ela permaneceu com a criança em Belo Horizonte por quase quatro meses, retornando para Muriaé recentemente.
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Ao ser solicitado o registro de nascimento da criança, a autora relatou que a criança ainda não fora registrada, motivo pelo qual o conselho tutelar foi acionado imediatamente e cientificado dos fatos.
As conselheiras disseram que há alguns meses receberam uma denuncia de mesmo teor envolvendo a autora, contudo, há época da denúncia nenhuma criança fora encontrada sob seus cuidados. Mas que elas comunicaram o fato para o Ministério Público e para a delegacia de polícia.
A criança e a suspeita foram encaminhadas ao Hospital São Paulo, onde verificou-se que o bebê ainda estava com parte do cordão umbilical e que deveria ter no máximo 15 dias de vida e não 112 dias conforme dito pela autora.
Durante o atendimento da ocorrência, recebemos denúncia anônima no próprio Hospital São Paulo que uma mulher havia procurado a policia Militar na cidade de Uberlândia, sendo atendida pela base comunitária e teria relatado que sua filha teria sido levada por uma mulher, moradora de Muriaé. De acordo a solicitante, ela e a autora foram apresentadas por uma terceira mulher através da rede social facebook. Disse que estava disposta a entregar voluntariamente sua filha para a autora, já que é estrangeira (Venezuelana), e não tem condições financeiras no momento para sustentar a criança.
Entretanto a autora viajou para Uberlândia uma semana antes da criança nascer. Tendo lhe acompanhado no hospital das Clinicas da Universidade Federal de Uberlândia até o nascimento da criança. Que a criança teve alta e ficou sob os cuidados da autora por dois dias em um hotel e depois de sua alta, ambas procuraram um cartório para registrar a menina. Que comunicou a autora que havia desistido de dar a criança e que iria criá-la apesar das dificuldades. Que a autora então disse iria mudar para Uberlândia para ajudá-la a criar a menina. Que a autora pediu para ficar com a menina mais um dia, entretanto não retornou e não atendia mais as suas ligações e não respondia mais as suas mensagens.
Durante diligência, foi encontrada a certidão de nascimento original da criança e uma aparentando falsificação, além de outros documentos relevantes. Sendo apreendido o telefone celular da suspeita.