Conforme apurou o Portal RKF junto ao PMMAmb – 4º Grupamento de Polícia Militar de Meio Ambiente sediado em Mar de Espanha , este recebeu no dia 05 de dezembro de 2019, uma denúncia anônima através do telefone 181 ( Disk Denúncia Anônima) , dando conta de abates de bovinos que estariam sendo realizados na ASCAR- Associação dos Comerciantes de Carnes de São João Nepomuceno, situado no Bairro São Cristóvão próximo ao Estádio do Palmeirinha FC. A denúncia dava conta de que após os abates haveria uma desova de ” barrigadas ” dos animais no rio. No dia 05 de janeiro deste ano , os militares se deslocaram de Mar de Espanha para o local em São João Nepomuceno, encontrando- o fechado. Após acionarem o presidente da associação ,o vereador Reiniraldo da Silva Oliveira, este franqueou a entrada dos policiais que não constataram nenhuma irregularidade quanto á denúncia em questão e nenhum vestígio de restos de animais próximos dos locais denunciados.
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De acordo com a PMMAmb, em conversa com o presidente da associação , este alegou que o abatedouro não estava em funcionamento devido a algumas irregularidades junto aos órgãos ambientais como IEF – Instituto Estadual de Florestas e VISA- Vigilância Sanitária e que estava aguardando a liberação de documentos para que o local pudesse voltar a funcionar. De acordo com informações da PMAmb ao Portal RKF , foi recomendada a não utilização do local para abate de qualquer tipo de animal até que tudo fosse regularizado.
Na manhã desta segunda-feira 06 de janeiro, reportagem do Portal RKF esteve no matadouro e inicialmente encontrou o local fechado. Quando saíamos de lá encontramos o vereador Reiniraldo ( Rei do Açougue ) que se dirigia para o local. O vereador e presidente da associação abriu o portão principal e mostrou todas as dependências para a reportagem exclusiva do Repórter Kadu Fontana.
Ele salientou que desde a década de 80 ( época da fundação da associação ) que a entidade vem lutando contra denúncias de órgãos municipais e estaduais. Citou a Associação Protetora dos Animais de São João Nepomuceno com a qual a entidade mantém bom relacionamento e sempre tenta regularizar as situações de adequação para confinamento dos animais solicitadas pela ASPA. Citou também que existia uma pendência com a ANAC- Agência Nacional de Aviação Civil , situação que ele garante que foi regularizada em novembro do ano de 2019 adequando o local para as especificações de nível 03 de segurança.
O terreno onde foi edificado o abatedouro pertence á prefeitura municipal e está cedido em comodato á associação por 180 meses segundo o presidente.
Ainda segundo Reiniraldo, hoje a associação conta com aproximadamente 18 membros e os animais antes abatidos ali , eram somente de criadores do município de São João Nepomuceno. Hoje os criadores de animais estão tendo que levar os mesmos para serem abatidos no município de Maripá de Minas. Ele continuou dizendo que todas as adequações que ao longo do tempo foram solicitadas por diversos órgãos ambientais e de vigilância sanitária, a associação tentou dentro do possível atender .A intenção era construir um novo abatedouro ao lado do atual porém este não poderia permanecer em funcionamento até a finalização do novo e a obra não ficou viável.
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Form instaladas um caldeira,e novas caixas d’água , os locais onde os animais eram levados para abate foram reestruturados e readequados , inclusive o descarte de água e resíduos. Um caminhão frigorífico foi adquirido dentro das normas que ele acredita serem as previstas em lei.
O problema maior que segundo o presidente ainda aflige e impede a reabertura do local é o CNAE – Classificação Nacional de Atividades Econômicas. Segundo Reiniraldo, no CNPJ da associação, não consta o CNAE correspondente ao abate de animais. Esta situação estaria irregular há muito tempo mas somente teria sido detectada agora. Um escritório de contabilidade contratado, tenta regularizar esta situação mas não há prazo determinado para tal.
Por fim Reiniraldo lamentou toda esta situação que gera desemprego a dezenas de funcionários.
A PMMAmb assim que a associação efetuar as regularizações necessárias deverá retornar ao local para nova vistoria.
Reportagem Kadu Fontana .