Foi realizada no Museu Municipal de São João Nepomuceno, nesta noite de quinta-feira , 21 de fevereiro , a audiência pública sobre a atuação da Copasa na cidade.Os debatedores foram: o Dr. Adalberto de Souza Lima, Presidente do Conselho Municipal de Saneamento Básico, Dr. Hélvio Simões Vidal- Promotor de Justiça 1ª Vara da Comarca de São João Nepomuceno, Alexandre José Grego- Gerente da Copasa do Distrito Regional de Leopoldina,Jorge Luiz da Silva- Diretor do Procon e Elbert Figueira Araújo Santos, – Assessor da Coordenadoria Técnica da Regulação Operacional e Fiscalização dos Serviços de Abastecimento de Água e Esgoto Sanitário do Estado de Minas Gerais ( ARSAE).
Presentes também o prefeito municipal Ernandes José da Silva , vereadores , dentre eles o requerente da audiência Írio Henriques e várias autoridades municipais. Contou também a sessão com ótima presença de público.
Todos tiveram de 10 a 20 minutos para sua explanação. O Dr. Adalberto foi o primeiro a usar o microfone,demonstrando toda sua apreensão pela situação atual e passou a palavra para o diretor do Procon. Jorge disse que a situação vem se arrastando já a algum tempo e que se torna já quase insustentável diante de tantas reclamações porém quando da assinatura do contrato , a prefeitura recebeu um documento com mais de 7.000 assinaturas dos munícipes, solicitando a permanência da companhia na cidade.
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Logo após o Dr. Hélvio discursou e trouxe aos presentes a situação aos olhos da lei: que após examinar toda documentação, de maneira jurídica, teve a certeza de que “o contrato foi muito bem redigido, que não deixa a desejar tanto para o cidadão ,tanto para o município quanto para a Copasa” e quem fez o contrato sabia o que estava fazendo. Porém de acordo com o Promotor de Justiça, o que está se vendo são problemas na sua execução. Disse que o contrato tem vigência de 30 anos , que ainda estamos vivenciando o primeiro ano deste e que ele espera que a empresa ofereça aos cidadãos um serviço muito melhor no decorrer do tempo e espera que esta situação não chegue ao Ministério Público, onde seria muito pior para todas as partes envolvidas. Ainda sobre o contrato , disse Dr. Hélvio que nenhuma reclamação no que diz respeito á cobrança tarifária de água e esgotamento sanitário pode ser feita pela população pois no seu entender , ” a matéria já foi pacificada nos tribunais”. Portanto pode- se haver cobrança do serviço mesmo que ele esteja sendo executado somente de forma parcial.
Logo após foi a vez do representante da Copasa Alexandre José Grego usar o microfone. Utilizando-se de um discurso técnico, ele foi quem mais tempo se pronunciou ( chegando mesmo a extrapolar os 20 minutos máximos previstos) e defendeu a empresa justificando que fatores climáticos influenciaram em atrasos no cronograma previsto e que alguns percalços são comuns no início da prestação dos serviços em qualquer localidade. O maior problema segundo ele é uma velha justificativa da empresa em redes sociais e mídias radiofônicas da cidade : arrasto de rede. Disse ainda que estão ressarcindo os munícipes que se sentirem lesados sempre na conta subsequente. Sobre a água turva, disse ele que estão sendo instalados mais 11 pontos de registros de descargas que não irão evitar , mas pelo menos minimizar essa situação. Sobre a situação dos buracos abertos e não tapados,ele disse novamente que fatores climáticos foram o principal empecilho para a não solução desta situação mas que isto logo será reparados.
Por fim o representante da Arsae, Sr. Elbert Figueira falou e falou pouco. Foi o que menos utilizou o microfone ( apenas 07 minutos).Iniciou sua fala dizendo sobre o arrasto de rede , e que a limpeza de caixas d’águas era pra ser observada nestas situações, fazendo o público se indignar neste instante. Logo depois disse que a Arsae estrá junto com a prefeitura municipal na fiscalização de que o contrato seja rigorosamente cumprido. Disse que a Arsae tem um atendimento á população através de sua ouvidoria.
Disse no final que a “Arsae NÃO MULTA “ . Disse ainda Elbert que ” a nossa resolução de sanções precisava de uma alteração de um decreto de competências que foi proposta ano passado mas não teve efeito e somente após a reforma administrativa este tema voltará á pauta . Mas disse que a instituição oferece outros serviços como cobrança de ressarcimento a cidadãos de serviços indevidos cobrados pela Copasa.
Logo após os cidadãos que previamente de cadastraram exerceram seu direto exporem suas reclamações sobre os serviços da companhia. As queixas foram desde água turva, quanto á cobrança elevada de algumas contas de água , buracos abertos em vias públicas e esgoto a céu aberto .
O jornalista ouviu a opinião de alguns presentes e na sua maioria este manifestaram incredulidade no que ouviram e assistiram dos representantes da Arsae e Copasa. Resta agora aguardar e torcer para que este prognóstico não se confirme .
Na página de facebook Show de Bola , o leitor poderá assistir na íntegra todas as falas aqui dos citados acima.
REPORTAGEM KADU FONTANA